My only silent heart

Sabe quando bate aquela crise existencial, que você não consegue se satisfazer com nada, fica procurando onde precisa mudar/melhorar pra que os sonhos/desejos venham se tornar realidade, pois é, estou passando por isso hoje, nesse minuto e olha não tá nada fácil... Há muito tempo a minha vida tem sido a mesma coisa, a mesma monotonia de sempre e eu já sofri muito com essa situação, já me desesperei, perdi a cabeça algumas vezes, e bom, nada adiantou, afinal, a vida é minha e quem precisa mudar sou eu. Em algum período de tempo algo interessante acontece e satisfaz a minha ânsia de produção e então, passa o tempo e me encontro no vazio novamente, acredito que a vida de todo mundo seja um pouco assim, uma hora estamos fulminantes e outras bate o desânimo e a gente só existe, tudo bem é normal, mas eu estou cansada sabe, sei que muitas vezes sofro por antecipação, mas tenho medo do futuro, tenho medo de ser uma fracassada, de não poder ter uma família e proporcionar a ela coisas que eu tive ou melhor, tenho medo de não dar orgulho a mim e aos meus pais, eu quero vencer, quero realizar alguns sonhos e ser feliz e sei que muito disso depende do esforço que faço hoje, - que seria um total de zero (haha). Sei que todo mundo tem o seu próprio tempo, que tentar competir com o outro é estupidez e muitas vezes me pego nessa e dói, dói porque sei que estou atrasada em muitos aspectos, que talvez não sou madura o suficiente para viver tal situação, que deixar minha casa/meus pais não é tão fácil quanto para algumas pessoas e assim por diante.
Preciso acreditar mais em mim e me esforçar para que tudo isso aconteça, preciso superar as minhas expectativas e ir atrás do que eu realmente quero, preciso ter metas e objetivos e focar em conquistá-los. Quero ser uma grande mulher, aprender ainda mais, quero ser interessante e ter orgulho de mim, quero ser um exemplo para os meus filhos, quero ser tão poderosa quanto a Beyoncé ou Michelle Obama, e sei que posso ser tudo isso, só preciso acreditar e me dedicar. Essas crises sempre irão aparecer um hora ou outra, resta a gente se deixar derrubar ou sacudir a poeira e ir à luta, no momento confesso que estou derrotada, mas amanhã é um novo dia e estou prometendo a mim mesma que irei enfrentar meus monstros e lutar para ser tudo o que eu quero.
Obs: Até já me sinto melhor depois desse texto :)

É sinistro como tudo pode mudar de uma hora para outra, assim mesmo, sem muito caso. Pessoas, coisas, lugares, sentimentos, estações, obviamente tudo vai mudar, nunca nada será para sempre igual -talvez seja, mas não vem ao caso- e pode parecer radical, mas que bom que muda né, seria entediante viver sempre igual, boring. Mas o fato é, como pode uma amizade de 12 anos ter 'acabado' de uma hora para outra por um motivo banal?
Então... a amizade não acabou de repente, na real, uma relação saudável não acabaria por tão pouco, mas essa acabou. Não vou me lamentar, colocar a culpa em A ou B, não quero julgar, mas para me esclarecer eu sempre tentei fazer acontecer, sempre ignorei fatos que muitas vezes me magoaram, coisinhas que pareciam pequenas mas que importavam para mim e eu sou assim, ignoro, não falo, mas por dentro dói (inclusive, estou tentando mudar isso, pelo meu bem) e bom, engolindo e relevando, um dia cansa e TCHARAM, o grande dia chegou. O motivo banal só ajudou a limpar meus olhos e enxergar onde eu estava metida.
Não vou dizer que não faz falta e blá blá, mas não faz mesmo, quando lembro das conversas vazias, das fofoquinhas que não iriam me levar a lugar nenhum, dos assunto fúteis, das pessoas sem futuro que viravam rolinhos, nossa, me cansa e eu tenho andado tão tranquila, querendo conquistar o meu espaço nesse mundo, construir uma família e realizar meus sonhos, que perder tempo com tudo isso não vale a pena.
Por isso, quando paro para analisar o acontecimento e por que aconteceu percebo que tenha sido para o meu bem, essa amizade me fazia mal, estava me levando a lugares e pessoas que não fazem parte de quem eu sou, cheguei a fazer coisas que não condizem com os meus pensamentos, eu não conseguia mais reconhecer quem eu era, estava tornando um NADA foco na minha vida e eu não quero isso. E quando vi a oportunidade de sair dali, foi como se tivessem retirado uma pedra gigante das minhas costas e eu tenha voltado a respirar novamente, é assim que eu me sinto. Me sinto livre, me sinto EU novamente. E se eu preciso ficar sozinha para me sentir eu, então tudo bem, contando que eu esteja bem, sem amizade tóxicas e doentias.
De todos os anos e experiências e momentos bons que passamos juntas irei guardar com muito carinho, nunca esquecerei, mas não pretendo me aproximar novamente de você, segui em frente, espero que também siga, não quero parecer arrogante, mas enquanto tiver que dominar e machucar pessoas, você estará sozinha para sempre, fura essa bolha que você vive, o mundo não gira ao seu redor.

19 de abril de 2019, sexta-feira santa, minha primeira ação social realizada. Eu e mais 3 amigas (Larissa, Mirella e Ivana) nos unimos e arrecadamos alimentos, cestas básicas e dinheiro para realizarmos a ação e assim foi feito, conseguimos juntas quase 50 cestas básicas e saímos nas ruas mais carentes da cidade em busca de pessoas necessitadas, encontramos várias e é um choque ver a realidade escondida e tão longe da gente, ver pessoas em situações tão precárias e imaginar como seria viver naquela situação é doloroso, idosos abandonados pela família, a falta de saneamento e higiene nas casas, crianças com ferimentos pelo corpo por conta do contato com a sujeira, pessoas tristes, carentes de atenção, outras tão felizes por nos terem ali mesmo que por tão pouco tempo, mesmo que recebendo tão pouco...
A emoção que pude sentir em estar vivendo aquilo é sem explicação, um misto de gratidão por tudo o que eu tenho, pela vida que tenho, a cada casa que parávamos eu lembrava da minha e da minha família e no quanto eu sou privilegiada por ter tudo o que eu tenho, a tristeza por ver tanto sofrimento e não poder fazer muito para ajudar, a sensação de alegria por estar viva e saudável e ter algo para oferecer àquelas pessoas, e poder estar ajudando de alguma forma, deixando muitas tão felizes. As palavras de gratidão que ouvi nunca serão esquecidas, tantas palavras boas, me senti um ser humano tão bom, tão puro, tão feliz, completo, foi incrível.
Depois dessa ação me descobri, sempre tive vontade de participar de algo assim mas nunca havia aparecido a oportunidade e eu nunca soube como começar, tomar partido e agir sozinha e quando entrei no grupo foi perfeito, sinto que meu propósito no mundo é ajudar, é partilhar amor, dividir, o mundo já vive tão conflituoso, tão sujo, conturbado, sei que sou só uma mas que as poucos vou conseguindo tocar outras pessoas e inspirar-las a agirem assim, e agora tudo o que mais quero é continuar me envolvendo em projetos sociais e ajudando cada vez mais, pessoas, animais, a natureza, me sinto pronta para compartilhar e espalhar o bem.
Nada disso não foi nem metade do que vivi, mas quis deixar registrado esse dia maravilhoso, viver é tão bom, ajudar ainda mais <3

Como no dia que nos esbarramos na rua e você me olhou e sorriu e perguntou como eu estava, na hora eu quase não tive reação, a minha vontade maior era te dizer que eu estava sentindo falta de você, que todas as noites antes de dormir era você que estava nos meus pensamentos e sonhos, eu queria que aquela pergunta tivesse vindo com sentimento, com cuidado e carinho da sua parte em saber se eu realmente estava bem, mas não, era só uma pergunta casual que você teria com qualquer conhecido ao passar por ele na rua... E é aí que entra a responsabilidade afetiva, você vive a sua vida, e eu a minha sofrendo com saudades e blá blá blá, criando expectativas e jogando a culpa no outro quando dá m*rda, quando na verdade a culpada sou EU, sim, a culpa é minha e é minha responsabilidade lidar com isso, o outro não tem culpa dos meus surtos de saudade, se sofro calada, mais uma vez o outro não terá culpa em nada disso, é escolha ir atrás ou não. Eu sou a verdadeira culpada por fantasiar e romantizar momentos que eu sei que nunca acontecerão porque o outro não sente o mesmo, é minha responsabilidade arcar com as consequências quando coloco expectativas em cima de alguém e esse alguém não corresponde, e é mais ainda minha responsabilidade lidar com o caos e a dor quando tudo isso acontece, as expectativas frustadas, a dor de não ser correspondido, etc. É bom sonhar, ter esperança de que alguém vai ser como deseja, de esperar mais do outro, mas antes de pensar em qualquer coisinha assim, lembrar que no final muitas vezes só haverá dor e arrependimento é muito melhor, deixar que as coisas possam acontecer naturalmente e não colocar pressão em alguém para ser o que você quer que seja é ainda mais gostoso. As frustrações e decepções sempre farão parte de nós, é nossa escolha lidar com elas e seguir ou sofrer para sempre culpando o outro.
Deixa a romantização pros filmes da Disney, vai viver a vida sem esperar troco de ninguém, vale muito mais a pena e é mais saudável.

Em 2016, tive uma paixão por um cara que havia passado pela minha vida há anos atrás e sumiu, aconteceram coisas e nos afastamos, mas ele sempre permaneceu nos meus pensamentos, mesmo "seguindo em frente" ele sempre esteve lá, sempre esteve porque nunca houve um ponto final, sempre minha cabeça ficava se martirizando "e se...??" e nada, eu não tinha uma resposta do que poderia ter acontecido, do que aconteceu, porque nunca fui atrás, achava que se tivesse de ser o tempo iria dar um jeito de nos unir novamente, mas não, não é bem assim. Depois de muitos dias de bad e uma longa conversa com uma amiga (que salvou a minha vida e para sempre serei grata), ela me incentivou a ir atrás de uma resposta, afinal, nada daquilo iria adiantar se eu não entrasse em contato com ele e eu fui, escrevi um texto contando tudo o que sentia e enviei pelo messenger no Facebook e uns dias depois recebi uma resposta, sincero e tranquilo, não, ele não compartilhava do mesmo e eu segui em frente de verdade e foi LIBERTADOR. Ainda consigo sentir o que senti ao ler sua resposta, senti raiva, mas depois entendi e ficou tudo bem, eu não poderia obrigá-lo a sentir o mesmo que eu e tudo bem. Ficou tudo bem.
O tempo passou, estamos em 2019 e me pego passando pela mesma situação, gostando de um carinha que não sabe dos meus sentimentos (porque nunca conversamos sobre) e com o famoso 'medo' de me abrir para ele. Mas eu sei que se quero seguir em frente, seja com ele ou não, preciso criar coragem, encarar os fatos e conversar sobre, nada vai se resolver se eu continuar me escondendo, fugindo, por mais que eu saiba das consequências só terei paz quando ele me der uma resposta. E é isso o que estou tentando fazer, fico imaginando como será a conversa, tentando criar diálogos, imaginando qual será a reação, o frio na barriga e tudo mais... O medo de um fora é gigante, aquele receio de ser rejeitada, de fazer papel de trouxa, de parecer maluca, quando na verdade tudo o que procuro é paz pro coração. Espero que assim como da outra vez possa ficar tudo bem, sei que dessa vez independente do resultado vai doer muito mais, porque temos algo (que não sei o que é ainda) e é muito mais especial do que em 2016, mas eu saberei como superar e seguir, a gente sempre sabe e consegue, dói, arde, dá saudade, mas quando sara é a melhor sensação de todas.
Não sei se estou pronta ainda, mas sei que preciso disso para seguir a minha vida.